Dilma cancela pronunciamento em cadeia de rádio e TV

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A presidente Dilma Rousseff faria pronunciamento à nação em cadeia de rádio e televisão, hoje, às 20h20. Por recomendação da Advocacia Geral da União (AGU), porém a fala foi suspensa. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, viu risco em um pronunciamento eminentemente político feito em um espaço reservado a questões institucionais.

Dilma iria reafirmar que não existe crime de responsabilidade que justifique o seu afastamento.
A Câmara dos Deputados começou nesta manhã as discussões sobre o impeachment de Dilma. O impedimento será votado no domingo.
A exposição do jurista Miguel Reale Junior, um dos autores da denúncia contra a presidente, foi a primeira fala no plenário. Em seguida, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fez a defesa de Dilma.
Os partidos têm uma hora para se manifestar e a ordem de discurso será da maior para menor bancada. São 25 partidos que podem indicar até cinco parlamentares para dividir este tempo. A sessão deve se prolongar por toda a madrugada.

Muro na Esplanada dos Ministérios é pichado antes do julgamento do impeachment
O Governo do Distrito Federal ergueu, no último fim de semana, um muro com tapumes de aço no meio do gramado da Esplanada dos Ministérios para que manifestantes favoráveis e contrários ao pedido de impeachment possam acompanhar a votação do impeachment no próximo domingo, cada um de um lado. No entanto, a estrutura foi pichada e recebeu cartazes que pedem a tolerância e o fim da segregação.
Entre as pichações, figuram mensagens como “Tolere”; “Bora se Amar”; “Política não é o bem vs. o mal”; e “Olhem a que ponto chegamos!”. Nos cartazes podem ser lidas, além de manifestações pró-impeachment, críticas em relação ao muro, como “Muro de Berlim”; “Fora segregação”; e “Muro da vergonha”.
Com 2 metros de altura e 1 km de comprimento, o muro está posicionado no meio de um corredor de 80 metros de largura onde ficarão as forças de segurança. Os manifestantes devem se posicionar seguindo a lógica daqueles contra o impeachment (do lado norte) e a favor do impeachment (do lado sul da Esplanada).
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social do Governo do Distrito Federal, a colocação do alambrado é para impedir a visibilidade e o contato entre os grupos contrários e reduzir a chance de provocações e embates.

Trabalhadores da Bahia fazem ato “em defesa da democracia”
Em toda a Bahia, categorias trabalhistas participaram, na manhã de hoje, do Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia. As ações, contrárias ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, foram organizadas por integrantes da Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT), movimentos como a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo, além de centrais sindicais.
Os rodoviários da capital baiana fizeram uma paralisação entre 4h e 8h, reivindicando pautas da categoria e criticando o processo de impedimento que corre na Câmara dos Deputados contra Dilma.
As opções de transporte para parte da população de Salvador foram os veículos clandestinos, como as vans, que chegaram a cobrar R$ 5 a passagem. Nas redes sociais, usuários se quixaram da superlotação dos poucos veículos que circulavam e dos preços considerados abusivos.
Manifestantes contra o impeachment bloqueiam seis rodovias federais no Paraná
Na região metropolitana da capital baiana, trabalhadores da Petrobras (petroleiros e químicos) paralisaram as atividades, durante três horas, de unidades da estatal, como o Pólo Petroquímico de Camaçari.
Comerciantes e lojistas também paralisaram e fizeram uma passeata na Avenida Sete de Setembro, com mais de 200 trabalhadores. Alguns trabalhadores da limpeza urbana da capital também paralisaram as atividades no início da manhã.
Segundo o Partido dos Trabalhadores da Bahia, que também também promove mobilizações contra o impeachment e pela democracia, mais de oito mil trabalhadores de categorias representadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e o Sindicato dos Petroleiros participaram do movimento de hoje.

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Rodovias – Militantes da CUT, demais entidades sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) fecharam algumas vias de acesso a Salvador, como a BR-324, a Avenida Paralela (que corta parte da cidade), além de rodovias em todo o estado, em cidades como Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Camaçari, Catu, Itamaraju, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Ilhéus, Itabuna, Pojuca, Candeias e Araçá.
Segundo a Frente Brasil Popular Bahia, diretores do Sindipetro, Sindiquímica, Sindap, CUT e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil encerraram o ato na BR-324 com uma carreata, que saiu em direção à entrada do município de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
De acordo com a CUT, 22 categorias e 143 municípios se mobilizaram nas ações desta sexta-feira. Ainda como parte da agenda de mobilizações, para a tarde de hoje está previsto um ato popular no Campo Grande, centro de Salvador.

Com informações da Agência Brasil

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